Hyubris - Forja

Os Hyubris são uma banda de Folk Metal originária do Tramagal, em relação a lançamentos, contam com um EP lançado em 2002 “Desafio” (que é um verdadeiro desafio), o desafio de criar um Folk Metal português. Em trabalhos de longa-duração contam também na sua “bagagem” com dois álbuns de estúdio “Hyubris” de 2005 e o mais recente “Forja” de 2009. A banda também lançou um Single aquando do lançamento do primeiro álbum, Single esse chamado “Terpsícore”, apenas para promoção da banda.

“Forja” é o nome do novo álbum, lançado em 2009 em formato Digipack, o nome do álbum vem de um monumento que existe no Tramagal chamado Forja, o trabalhar do ferro era muito característico daquela zona. Neste álbum nota-se uma grande evolução na banda quer a nível musical quer lírico, ao contrário do álbum anterior, aqui todas as músicas são cantadas em português, também entrou mais um membro para a banda Paulo Jerónimo (gaita-de-foles) que faz da música “Ominorej (A Minha Morte)” uma música linda, todas as letras são inspiradas em mitos e lendas de Portugal, os vocais de Filipa Mota que eram fantásticos no outro álbum, neste segundo trabalho ainda estão melhores, com mais maturidade, para mim a voz dela é única, incomparável e fantástica. Tal e qual como no trabalho anterior a mitologia também está presente, são as músicas: “Orpheu” e “Medeia”. Muitos instrumentos tradicionais fazem de “Forja” um álbum especial que nunca perde as tradições de Portugal, não esquecer de referir os muitos instrumentos medievais e as melodias bastante perceptíveis e bonitas. Tal como no outro álbum os Hyubris não se esqueceram da sua vertente pesada, o Heavy Metal, “Almas” é uma música pesada, rápida e ao mesmo tempo dançante. Temas como a poesia de amor, maldição, tormentos e tradições fazem desta música uma linguagem única no panorama nacional e internacional e tornando os Hyubris um dos mais sérios casos de originalidade inter-estilística no panorama nacional. Em relação aos meus temas preferidos destaco: “Pedaço Do Céu”, “Ode Á Luna”, “Orpheu” e “Condão”.

Gosto muito deste álbum, muito superior ao anterior, com muito mais cuidado e precisão na produção, com um grande nível musical, tradição, dedicação e sobretudo, muita qualidade. Aconselho-o a todos os fãs de Folk e Gothic Metal, amantes da cultura e tradição de Portugal, este é daqueles trabalhos bastante calmos que dão prazer ouvir!