quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Apocalyptica - 7th Symphony





















Em 1993 quatro amigos finlandeses começaram a fazer covers de Metallica “por brincadeira”, lançaram várias Demos, e em 1996 lançaram um álbum só de covers de Metallica: “Play Metallica By Four Celos”, foi muito bem recebido por uns, aqueles metaleiros mais conservadores não acharam muita piada a este “Metal” só com violoncelos, mas acabaram por se render ao som fantástico destes génios musicais. Em 1998 lançaram um grande álbum: “Inquisition Symphony” com alguns originais e alguns covers. Em 2000, lançaram um álbum espectacular intitulado “Cult”, desta vez com quatro violoncelos e a bateria, um álbum único, com melodias pesadas e fantásticas, e não eram covers!  Em 2003 e 2005, lançaram dois álbuns: “Reflections” e “Apocalyptica”, o primeiro instrumental, e o segundo com 3 músicas com voz, na minha opinião aqui a banda começa a entrar em decadência, e, para piorar a situação lançam, em 2007 o “Worlds Collide” que na minha opinião é um álbum um pouco comercial, sem nexo, é aqui que os Apocalyptica perdem o seu sentido, introduzem a guitarra eléctrica e musicas com voz! Até que chegamos a 2010 e os Apocalyptica lançam “7th Symphony”, eu pensava que ia ser bastante comercial como o “Worlds Collide” mas enganei-me. Saquei este álbum e não resisti em comprá-lo, a edição especial e tudo. Não é outro “Cult” ou “Inquisition Symphony” mas, na minha opinião é um grande álbum, apesar da maior parte das críticas que vi por aí serem negativas, eu considero este álbum bastante bom e inovador.

“At The Gates Of Manala” é a primeira música, é uma música pesada e rápida com os violoncelos bastante graves e com guitarras eléctricas tanto destorcidas como a solar, resumindo: uma introdução muito boa. A segunda música “End Of Me” conta com a participação de Gavin Rossdale (vocalista dos Bush) na voz, é mais Alternative Rock do que Metal, mas “come-se”, apesar de achar um bocado comercial, eu gosto muito desta música. “Not Strong Enough” é outro tema com voz, desta vez Brent Smith dos Shinedown, é uma música a puxar (também) para o Alternative Rock, e ainda podemos ouvir aqueles violoncelos de fundo espectaculares. “2010” é na minha opinião uma das melhores músicas que estes senhores fizeram até hoje, é pesada, tem uma bateria espectacular tocada pelo grande Dave Lombardo, dos Slayer, no início parece mesmo Slayer, ou melhor, é Thrash Metal tocado por 4 violoncelos com um som grave e uma bateria magnífica, é muito rápida, e tenho a certeza que esta música ao vivo pede moche! A “Beautiful” remonta aos velhos tempos dos Apocalyptica, uma melodia espectacular, lenta, poderosa e linda, a contrastar na perfeição com a “2010”, nem tudo deve ser rápido e pesado.

“Broken Pieces” é outra faixa mais alternativa, desta vez, conta com a participação de Lacey Mosley (vocalista de uma banda de Christian Rock/Alternative Metal chamada Flyleaf), é um bocado a virar para o Pop Rock e afins, mas até que nem ficou muito mal, com os violoncelos no fundo a contrastar com a guitarra. “On The Rooftop With Quasimodo”, não entendi bem o título, é uma faixa à Apocalyptica de antigamente com um som mais inovador e moderno, adoro todo o instrumental desta faixa, dos violoncelos à guitarra, dos samplers à bateria, se eles fizessem mais músicas assim nos próximos álbuns, só tinham a ganhar. “Bring Them To Light” é a faixa mais pesada do álbum, muito enérgica, com os guturais do vocalista dos Gojira: Joe Duplantier, nem parece Apocalyptica, esta, é mais uma prova de que Eicca Toppinen e companhia conseguem inovar cada vez mais e juntar vários tipos de música num só. “Sacra” é a penúltima faixa, uma das melhores deste álbum, repare-se no início brilhante: calmo, sereno e lindo, é algo que só se percebe quando se ouve, a precursão é muito variada, até que chegamos à última faixa “Rage Of Poseidon”, é instrumental e é como se fosse uma fusão perfeita entre o Metal e a Música Clássica, a meio, damos de caras com um ritmo alucinante de Thrash Metal, não podia acabar melhor!

Não é o melhor álbum dos Apocalyptica, e, ao contrário do que muita gente diz, na minha opinião, este álbum é muito bom, é muito variado, e as faixas são muito diferentes, cada uma com a sua característica, fico à espera de outro assim, ou melhor…

2 comentários:

  1. muito bom não é de todo... lo... como já afirmei, numa banda de violoncelistas em que na maior parte das músicas os violoncelos não estão lá a fazer nada, há uma questão que se impõe: os apocalyptica conseguem deixar de ser a banda de covers de Metallica? eu acho que não... quanto ao 7th Symphony, gosto da Broken Pieces :)

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  2. Tens razão, não é muito bom de todo, nem eu disse isso! Mas gostei muito de algumas, em relação aos covers: deviam de fazer de mais bandas!

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