terça-feira, 22 de setembro de 2015

Entrevista: Eluveitie

Recentemente a banda sofreu várias alterações na formação, pensam que agora estão melhores que antes?
Não diria que estamos melhores, apenas mudámos, em 3 anos tivemos 3 novos membros que nos influenciaram a todos e é definitivamente fantástico. Na minha opinião nunca fomos tão bons como somos neste momento, está tudo a correr muito bem e são grandes músicos. Estamos muito agradecidos por ter tido estas alterações. Por vezes é preciso mudar as coisas para se crescer.


Quais são as principais diferenças na banda com estas alterações? O que é que mudou?
Definitivamente, novas influências. Cada um tem o seu estilo pessoal, as influências pessoais são muito importantes. Somos um grupo de oito pessoas com três novas e o som altera-se um bocado. Acho que é melhor que antes.


Hoje em dia vemos muitas bandas a tocar os seus álbuns clássicos na íntegra. Vêem-se a tocar um álbum de Eluveitie na sua totalidade? Por exemplo os Morbid Angel há pouco tempo fizeram uma tour a tocar o “Covenant”... Que álbum escolheriam?
Isso de facto é muito difícil de responder, penso que teríamos de tocar e fazer tours durante mais 10 anos para podermos fazer isso. Se uma banda como os Morbid Angel está a fazer isso... Aliás eles deviam mesmo fazer isso porque são lendas, adoramos Morbid Angel, penso que uma banda deve ser lendária para fazer algo desse género. Mas seria muito bom mais tarde ou mais cedo fazer algo como isso.


Que álbum escolheriam daqueles que já lançaram para tocar de início ao fim numa tour?
Isso é muito difícil... Eu (Kay Brem - baixista) diria o “Everything Remais As It Never Was”, para mim pessoalmente, foi o maior passo na carreira da banda e é o álbum que gosto de tocar todas as músicas. É o meu álbum preferido!


É a vossa primeira tour este ano...
Tivemos uma tour de 3 meses o ano passado antes do Natal, na América e depois na Europa. Agora começámos uma nova tour europeia depois vamos para a Rússia, Turquia, Israel, Índia, América do Sul...


Não é muito comum as bandas irem a países como Israel ou à Índia apesar de ser algo que acontece cada vez mais. Como é ir tocar nesses países?
Na minha opinião é muito difícil de tocar, menos dinheiro, menos público, menos condições... Se tiveres fãs em todo o lado deves ir para todo o lado e tornar isso possível porque são os fãs que decidem o quão grande tu és e quão bom tu és e cenas do género. Por exemplo, tocar na Índia é mesmo muito especial, eles adoram-nos e temos muitos fãs, e temos de voltar, eles merecem isso. Nós devemos fazer tours na Europa e América do Sul, do Norte, Ásia... Há sempre concertos especiais como na Índia e esperamos mesmo fazê-lo novamente.


Quanto estão em tour quais são as princpais dificuldades, como banda?
Estamos muito habituados a fazer tours, se fizermos tours num tourbus como estamos a fazer agora o que normalmente fazemos é tentar relaxar. Temos uma crew que trabalha muito bem, temos a própria banda e se tiveres de fazer voos todos os dias como por exemplo na América do Sul, é muito stressante, não há privacidade, e a falta de privacidade é um grande problema nas tours. Se partilhas um autocarro meses e meses com as mesmas pessoas no mesmo pequeno quarto, é complicado, mas não é um problema muito grande.


Ray... Estás a viver um sonho na banda?
Claro que sim, sempre quis tocar numa banda, estar na estrada o máximo de tempo possível e isto é o que quero fazer.


Quais são os principais festivais que vão tocar este ano?
Vamos tocar... Bem isso é uma pergunta difícil ainda não vi bem o calendário... Vamos tocar no Metal Camp pela quarta ou quinta vez, depois vamos a um grande festival na Suíça e para ser honesto ainda não vi o calendário. A única coisa que sei é que vamos tocar em muitos festivais mas não consigo dizer agora. 


Está planeado algum lançamento para este ano?
Este ano não, mas brevemente vão haver boas notícias em relação a isso.


Estão a pensar fazer um novo álbum acústico? A segunda parte do “Evocation I - The Arcane Dominion”?
Sim! Nós, de certa forma, temos trabalhado nisso e muito brevemente vão ouvir notícias de material acústico novo!


Alguma mensagem mensagem final para os fãs portugueses?
Nós adoramos Portugal e todos os fãs deveriam estar aqui neste momento porque vão perder algo muito bom, um grande concerto e espero voltar brevemente a Portugal, não é um dos países que tocamos muito mas esperamos que os promotores nos contactem mais porque gostávamos de tocar cá mais vezes.

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