Não podia acabar o ano sem publicar aqui a review de mais um grande álbum de Doom Metal vindo das nossas terras lusas. Os Insaniae são uma banda portuguesa de Queluz, praticam de Doom/Death Metal e formaram-se em 2003. Em 2006 lançaram o primeiro álbum “Outros Temem Os Que Esperam Pelo Medo Da Eternidade” que foi muito bem recebido pelos especialistas da matéria, e em 2009 partilharam um Split CD com os portugueses Mourning Lenore. Num ano marcado por grandes lançamentos de Doom no nosso país (refiro-me a Why Angels Fall, Mourning Lenore, A Dream Of Poe e Painted Black), chega “Imperfeições Da Mão Humana”, o segundo álbum de estúdio de uma das melhores bandas portuguesas de Metal. A edição ficou a cargo da editora ucraniana independente Arx Productions, saiu em CD, limitado a 500 cópias.
“Imperfeições Da Mão Humana” é um grande álbum de Doom/Death Metal a puxar para o gótico, na medida em que tem uma voz feminina que, neste caso me faz lembrar os velhos tempos de Theatre Of Tragedy, como outras influências posso referir: My Dying Bride, Mourning Beloveth, Draconian, Paradise Lost e até os portugueses Process Of Guilt. Todos os temas são cantados em português, e aqui, aplica-se a sonoridade “the beauty and the best” com a voz feminina de Isabel Cristina e os guturais agoniantes e desesperados de Diogo Messias. Neste álbum os Insaniae aventuram-se por caminhos mais melancólicos e atmosféricos, a qualidade em relação ao trabalho anterior é muito superior. Na primeira faixa “Absolvição” podemos ouvir a grande voz de Isabel, que na minha opinião se destaca mais nesta música que no fim tem um solo de guitarra lindo. “Tradição Ancestral” é muito especial, é na minha opinião a melhor faixa, onde a conjugação do piano com os restantes instrumentos é fantástica. De referir também o excelente trabalho da guitarra na música “O Covil” assim como os guturais que são extraordinários, e a bateria, que, com aquelas pequenas batidas torna a música única. “Acto Perfeito” é onde podemos ouvir o dueto de Isabel e Diogo ao mesmo tempo, ou se preferirem: a bela e o monstro.
Não é um álbum com algo de novo mas confesso que não estava à espera de tanta qualidade, e quando ouvi isto não parava de ouvir, é um álbum muito bom, embora me faça lembrar muitas bandas, o que nem acaba por ser mau de todo. É um álbum homogéneo, onde a sonoridade se mantém música após música e todas elas têm muita qualidade. Acho que cá em Portugal ainda não lhes foi dada a atenção devida, o que é no mínimo, preocupante.
Encomendas para: messias_dist@hotmail.com
ResponderEliminar10€ + portes