Os Blacksunrise já não são novidade para ninguém! Já cá andam desde 2002 e são (agora ainda mais) uma das maiores referências do Metal nacional. De momento praticam um Melodic Death Metal bastante complexo e coeso, e, com muita mais qualidade, comparando com os trabalhos anteriores. Na discografia contam já com os álbuns “The Azrael” (2004) e “Engulf The World In Frozen Flames” (2007), e também com um EP 7’’ “Smashed Rose” (2005). Em 2011, e mais uma vez com edição a cargo da Raging Planet e com uma temática que se debruça sobre o mar os Blacksunrise lançam “Oceanic”, o seu melhor álbum até à data. É também bastante curioso ver como a banda evoluiu até a este trabalho: o desfalecido “The Azrael”, um “Engulf The World In Frozen Flames” que já mostrava sinais de mais maturidade, e é em “Oceanic” que estes senhores atingem o ponto alto e mais complexo da sua carreira, com um conteúdo lírico muito bem trabalhado e um instrumental espantoso, mais equilibrado que em trabalhos anteriores e com uma qualidade e produção capazes de fazer frente a muitas bandas internacionais.
É neste novo álbum que os Blacksunrise abandonam um pouco o Hardcore (não de todo) e apostam num Death Metal intenso, brutal, rápido e agressivo. Guitarras com grandes riffs e solos, uma voz muito poderosa, com vários tipos de guturais (mais graves ou agudos), o baixo é também outro elemento bastante importante a referir, principalmente no tema “Physalia Physalis”, tema que teve direito a um video clip. Destaque para a bateria: devastadora e muito bem trabalhada. Temas a destacar? O referido anteriormente, a “Crowning Neptune's Wrath” que é uma faixa bastante rápida e agressiva que conta com a participação do Pedro Pedra (Grog) e Jó (Theriomorphic), não esquecer da poderosa “Asgard Dies”, assim como a “I Am The Sea” com a voz espectacular de Sofia Silva (ex-Neoplasmah) a contrastar com a agressividade de Sérgio Batista (vocalista). Realce especial para o lado mais Sludge e atmosférico da banda em “Must Be Purged” que é uma faixa espectacular, lenta e agressiva, com a participação especial de Jerónimo e Filipe Correia dos Concealment, aquela parte acústica com uma voz feminina dá uma dimensão única à música, é ouvir para crer. “Adamastor” é uma das melhores faixas do álbum, com destaque especial para o riff final. Não referi todos os temas porque achei alguns um pouco monótonos e repetitivos em relação aos referidos, é um álbum que peca um pouco pela repetição da voz e por ritmos muito parecidos uns aos outros, tirar um ou dois temas não fazia nada mal, até tornaria o álbum bastante mais audível (mas isto é só a minha opinião).
Sim, estamos perante um dos melhores álbuns nacionais do ano! “Oceanic” é altamente aconselhado para qualquer fã de Melodic Death Metal e até daquele Metalcore “a sério”. Para quem (como eu) não apreciou muito os trabalhos anteriores da banda tem aqui uma oportunidade para ouvir o melhor trabalho que os Blacksunsire fizeram até à data.
Sem comentários:
Enviar um comentário