sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Entrevista: Revolution Within

Os Revolution Within formaram-se em 2005, conta-nos o que é que vos levou a formar a banda na altura.
Creio que, como com a maior parte das bandas, o que nos levou a formar a banda foi principalmente a amizade que nos unia e o gosto em comum pela música pesada. Já nos conhecíamos há algum tempo e, após um concerto mais descontraído com uma banda de covers, decidimos avançar com uma banda de originais. Nascem então os Revolution Within.


Passados 4 anos lançaram o primeiro álbum, como decorreu o processo de gravação e produção?
Não foi nada fácil, pois além de não termos grande experiência de gravação em estúdio, passamos pela mudança de baterista por duas ocasiões, sendo que todos os bateristas gravaram as músicas em estúdio, ou seja, gravamos ao todo 3 vezes a bateria! O tempo de gravação acabou por ser demasiado longo…


Como surgiu a oportunidade de assinar pela Rastilho Records?
Depois de termos o disco pronto decidimos tentar a nossa sorte junto de editoras. Contactamos com a Rastilho e após algumas “negociações” lá conseguimos chegar a entendimento. A Rastilho Records foi desde sempre uma das nossas prioridades como editora e felizmente as coisas correram bem. Quer a Rastilho Records quer os Revolution Within estão satisfeitos com a parceria.


O que é que “Collision” aborda liricamente?
O disco retrata a nossa personalidade pelo que fala essencialmente de situações por nós vividas, estados de espírito, entre outras. No disco também abordamos situações reais, como por exemplo a guerra que não leva a lado nenhum, a inveja e o egoísmo que fazem parte do nosso dia-a-dia, as relações mal sucedidas, as frustrações e confrontos pessoais, etc. Julgo que quem se debruçar sobre o conteúdo lírico certamente se vai rever na maior parte do que é dito. O mundo é precisamente isso, uma constante colisão…


Têm dado vários concertos em Portugal, como é que tem sido a reacção do público?
Após a saída do “Collision” demos muitos concertos de promoção. Acho que causamos um bom impacto junto do público pois a reacção deste foi fantástica. Os nossos concertos transmitem energia positiva, o que também terá ajudado…


Recentemente fizeram uma mini digressão na Bélgica, que tal foi a experiência?
Brutal! Correu tudo muito bem! Deu para estarmos juntos durante uma semana e nos aturarmos uns aos outros… O saldo foi bastante positivo. As pessoas ficaram agradadas com o nosso som. Em suma, acho que deixámos uma boa imagem das bandas portuguesas lá fora. Provámos que o material/Metal tuga tem qualidade.


Acham que vão ter mais oportunidades de dar mais concertos lá fora?
Claro que sim! É uma questão de estar atento e de ter alguma sorte à mistura. A possibilidade de ir dar concertos lá fora é real e é preciso saber aproveitar tais momentos…


Presenciei o vosso concerto no Vagos Open Air no mês passado e foi bastante intenso e com um público devastador. Como foi abrir o maior festival de Metal em Portugal?
Como costumo dizer, foi do caralho! Foi uma oportunidade que nos foi dada e que não podíamos de forma alguma desperdiçar. Muito obrigado ao público presente e que apoiou. Aquele Wall Of Deah!!!


Se tivessem de escolher o concerto que vos marcou mais, qual seria?
O concerto de Vagos será certamente o melhor concerto até hoje pois foi o concerto que nos deu mais visibilidade e trouxe maior audiência. Mas já tivemos outros concertos muitíssimo bons que nunca iremos esquecer, como por exemplo concertos com bandas de referência para nós (Kreator, Dew-Scented, Hatesphere, etc.).


Planos para o futuro? Já se encontram a compor material para o próximo álbum?
Estamos a compor material para o próximo trabalho, sim. As coisas estão a demorar um pouco mais que do que o previsto mas queremos fazer as coisas bem.



Qual é a vossa opinião acerca do Thrash Metal em Portugal? Acham que tem “pernas” para andar para a frente?
Em parte, sim. Mas sou de opinião que não podemos pensar que só por esse facto a nossa banda será reconhecida. Temos que ser nós a mostrar serviço e isso só se consegue com muito trabalho e dedicação. Sempre continuarei a acreditar que as nossas actuações ao vivo serão o nosso melhor cartão-de-visita. Mas também quero realçar que quando a banda surgiu nunca foi nossa intenção enveredar por um estilo definido. Muito menos colarmo-nos a determinada sonoridade. Mesmo não sendo uma banda inovadora tentamos soar diferente das outras bandas, ter uma identidade própria. As nossas músicas foram surgindo com alguma naturalidade e a dada altura rotularam-nos como sendo uma banda de Thrash Metal moderno. Sinceramente isso nunca nos preocupou… A única coisa que realmente nos interessa é fazer boas malhas de Metal, que nos agrade a nós e a quem nos quiser ouvir.



Por último, querem deixar alguma mensagem?
Muitas pessoas não devem saber mas o metal em Portugal tem apresentado excelentes bandas com excelentes trabalhos! Actualmente, as condições para as bandas melhoraram imenso, desde a existência de bons espaços para tocar à existência de bons estúdios, o que acaba por influenciar positivamente o rendimento das bandas. Sabemos que o Metal em Portugal é um estilo menosprezado, contudo, sentimos que podemos fazer algo para mudar a mentalidade das pessoas e, sinceramente, acho que estamos a contribuir em parte para essa mudança. O único pedido que faço às pessoas é para que apareçam nos concertos, passem um bom bocado e ouçam boa música… Cheers!

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