Os Aura Noir são uma das melhores bandas de Black/Thrash Metal da actualidade, descrevem-se como a banda de Metal mais feia do mundo (basta ouvir para conferir) e vão mantendo desde 1996 uma regularidade de grandes lançamentos entre os quais “Black Thrash Attack”, “The Merciless” e “Hades Rise”, penso que o único registo da banda que fica a desejar algo mais é o “Deep Tracts Of Hell” de 1998. A banda de culto formada pelos noruegueses Apollyon (Immortal), Blasphemer (Ava Inferi, ex-Mayhem) e Aggressor (Virus, Infernö) lançou em Março deste ano o seu quinto longa-duração “Out To Die”, um álbum que merece sem qualquer dúvida um lugar no pódio dos melhores lançamentos deste ano. A edição ficou a cargo da Indie Recordings (Noruega).
Continua a ser aquele Black/Thrash Metal sujo, rápido e agressivo como a banda sempre fez mas agora com uma produção muito mais cuidada e profissional. Os riffs e solos são muito mais complexos que em registos anteriores, provavelmente devido ao maior envolvimento de Blasphemer na composição e gravação do álbum, o que não acontecia anteriormente, em relação à bateria continua forte e com uma captação excelente, tudo isto a juntar às cuspidelas de Agressor e Apollyon na voz. Influências de Celtic Frost, Sodom, Darkthorne, Venom… Uma banda que não esconde as suas influências, limitando-se apenas a ser fiel a um estilo, quem ouvir isto pela primeira vez pensa que é Metal feito nos anos 80. Especial atenção para faixas brutas como “Trenches”, “Fed To The Flames “ e “Abbadon”, autênticos arsenais de riffs e solos, com a voz suja e repugnante que sempre caracterizou a banda. Numa toada mais Punk temos “Deathwish” (faz lembrar Venom) e noutra mais Doom a poderosa “The Grin From The Gallows”, provavelmente a melhor faixa do disco com duas guitarras espantosas. Os Aura Noir são o tipo de banda que não move multidões, que não vende muito, é Metal extremo, underground, natural, imundo e violento, e é muito simples, ou se gosta muito ou não se gosta. De Aura Noir não se poderia esperar outra coisa, nunca desiludiram nem nunca o farão. Enquanto não vêm actuar a Portugal aconselha-se também audição atenta do álbum “Live Nightmare On Elm Street”, ao vivo, uma grande imundice de Black/Thrash, que é isso que eles são!
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