terça-feira, 9 de abril de 2013

Hoth - Rites Of Old… Ancient Scrolls

Hoth é mais um projecto do multifacetado JA (Decayed, Alastor, Thugnor, Nethermancy) criado em 1988 com o intuito de juntar teclas ao Black Metal, algo que não era muito comum na altura. O primeiro trabalho deste projecto intitulou-se de “Odes To My Black Goddess” foi editado em 1995, uma Demo Tape e foi em 2001 que saiu algo mais sério, uma regravação da Demo, “Rites Of The Black Goddess”, o primeiro álbum de estúdio, capa polémica, boa qualidade, mas deixou algo a desejar… É então em 2011 que a Hoth Records aposta no lançamento desse álbum mas com a gravação original, com menos efeitos e arranjos, som mais natural, agressivo, cru, muito melódico, mais rápido, de título: “Rites Of Old… Ancient Scrolls”, uma edição de luxo em CDr com artwork renovado, vocais mais agressivos e rasgados que no trabalho anterior que eram falados/recitados com vários efeitos na voz, este álbum é muito mais natural e puro, Black ‘n’ Roll característico do início dos anos noventa, bem melódico, com alguns elementos Folk graças as mais variadas teclas que criam um ambiente único, negro, pagão… Um excelente tributo aos Deuses antigos.

A grande diferença da gravação original de “Rites Of The Black Goddess” é o som mais polido, sem grandes arranjos ou efeitos, principalmente na voz… Black Metal tradicional, sujo, com um toque bem melódico e com arranjos muito bons e exemplo disso é a grande faixa “Impious Congregation” com um teclado a acompanhar a acompanhar aquele som cru e distorcido, memorável. Sou da opinião que outras faixas mais lentas como “Nocturnal Offering” ou “Hellish Revelations” não resultam tão bem com este tipo de som, este lado mais Doom é o ponto mais fraco do álbum. Mas o álbum não é só Black Metal e a música “Isis Celebration” é um dos pontos altos, uma faixa muito calma com uma melodia linda, guitarra limpa e ambiente soberbo. O Black Metal volta logo com “Dragons Lords”, tema rápido, melódico, voz rasgada, teclados com grande presença, destaque para o som da flauta e para aquele voz com pitch. “Nail The Nazarene” e “Hair Of The Dog” são mais dois temas épicos que não fogem aos temas mais rápidos e mexidos aqui descrevidos, este último, um cover de Nazareth.

Álbum altamente aconselhado para quem gosto de bom Black ‘n’ Roll dos anos 80/90, sujo, cru, sem grandes arranjos e modernices, uma excelente proposta da Hoth Records. Esperam-se mais desenvolvimentos deste grande projecto!

1 comentário: