quinta-feira, 1 de julho de 2010

Oblique Rain - October Dawn

Para quem não sabe: os Oblique Rain são uma banda portuguesa de Progressive Metal, formados em 2004, são mais propriamente do Porto. “October Dawn” é o seu segundo trabalho, depois de um álbum muito bem sucedido “Isohyet” os Oblique Rain vieram mesmo para ficar, para se afirmarem como uma das melhores bandas nacionais, com mais um álbum estrondoso! Em termos de sonoridade a primeira influência que nos vem à cabeça são os Opeth, não foi um álbum que ficasse impressionado à primeira audição, fui ouvindo e explorando, a nível instrumental é excelente, as 3 guitarras estão muito bem trabalhadas criando melodias únicas, o baixo tem o seu papel importante, a bateria é espectacular e como não poderia deixar de ser uma voz única de Flávio Silva. “October Dawn” não é tão pesado como o “Isohyet” que era muito marcado por atmosferas pesadas e pelos guturais, muito parecido com Opeth. Neste álbum os Oblique Rain revelam um grande nível de competência, um grande nível de composição musical e uma preocupação em fazer as coisas como deve ser, com muita qualidade,  “October Dawn” é um trabalho mais maduro, um trabalho bem mais “sério” que o primeiro. A edição do álbum ficou a cargo da editora portuguesa Major Label Industries.

É um Progressive Metal com muito Progressive Rock, e neste álbum os Oblique Rain aventuraram-se por caminhos mais góticos e melódicos como Anathema e Katatonia, criando um ambiente escuro, frio e pesado, é um som nostálgico que me faz lembrar ao mesmo tempo bandas antigas de Prog Rock, os Oblique Rain criam também ambientes super melancólicos espectaculares e únicos. O nível de composição é muito elevado, a forma como cada música se desenvolve é incrível. O álbum começa com uma pequena introdução de 1:54 minutos intitulada “Soaring Alone” que nos transporta para uma dimensão única, é uma introdução fantástica para o próximo tema, aquela música que na minha opinião é a melhor música de todo o álbum “Out There”, a voz é encantadora, a melodia é única, a letra é extraordinária e o solo de guitarra é um dos pontos altos do álbum. “Soul Circles” é outra grande faixa deste álbum, é pesada, os riffs de guitarra são muito bons e a voz de Flávio nesta música é espectacular. “Absent Awry” é outra grande música, tem uma letra linda, é uma semi-balada: calma, com melodias fantásticas das guitarras que fazem desta música uma música única, daquelas que é mais para se sentir do que para ouvir. Os outros temas altos do álbum são as músicas “Inanity” e “Spiral Dreams”. A última faixa “Darker Words” faz este álbum terminar de uma forma fantástica, um tema muito bem composto que na minha opinião já é um clássico de Oblique Rain. Destaque também para a balada acústica “Dawn”, com a voz de Flávio mais uma vez brilhante, a ao lado do excelente som da guitarra acústica, uma música única!

Os Oblique Rain são uma banda fantástica, um caso sério com muita qualidade e técnica, merecem um grande lugar a nível internacional, são uma banda para “estar” ao lado de grandes nomes do Progressive Metal como Opeth, Dream Theater, Bigelf... Todos deviam ouvir este grande álbum, e o anterior claro...

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