terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Canchroid - The First Slaughtering





















Canchroid, são uma banda portuguesa de Brutal Death Metal do Alentejo, formaram-se em 2008 pelo vocalista DeadMeatGrinder… Se calhar o conceito de Brutal Death não se aplica muito bem nesta banda, é um Brutal Death muito progressivo, técnico e recheado de “blast beats”, eu diria Technical Brutal Death Metal, com algumas influências de Grindcore, Thrash, Progressive e até Jazz, só para terem uma noção da sonoridade: é uma espécie de Death e Cannibal Corpse anexado com os estilos referidos acima.

“The First Slaughtering” é o nome do primeiro lançamento, 4 temas brutais, ao todo com 13 minutos (muito pouco tempo), com um bom ambiente, muita qualidade e todas as músicas têm mais ou menos 3 minutos. Neste EP podemos encontrar uns guturais tradicionais de Brutal Death e grandes solos e riffs de guitarra: cheios de técnica e talento. O “brutal” e o “technical” unem-se e coexistem na perfeição, um grande exemplo disso é a música “Decapitated Soldiers From The Apocalypse” com leads melódicos espectaculares, que pára sensivelmente a meio para dar início a um solo de guitarra espectacular, ambiental e progressivo, com Jazz à mistura. O lado mais Brutal Death da banda é a primeira música “Slaughterhouse Orgy” e a “Blessed Bodies Rotting” duas músicas cheias de técnica e brutalidade, a primeira, com solos espectaculares. Já a “Demência” é uma malha mais Thrash, aquela parte inicial é espectacular, aquele solo de guitarra quase no fim a melhor maneira de acabar este EP. Apesar de ser curto, mostra o grande talento e originalidade desta banda, peca apenas por ser curto, e a produção podia ser melhor, que fica muito aquém da qualidade sonora.

O Brutal Death nunca teve muita tradição em Portugal, mas parece que estes senhores vieram para ficar e para ocupar um lugar quase vazio no Underground nacional, não esquecer dos Decrepidemic e dos velhos lançamentos de Grog. Agora, é esperar por algo mais a sério, um álbum (já que este EP é muito curto) e por uma maior/melhor produção, porque de resto, não falta nada, técnica, talento, brutalidade… Está tudo lá!

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