Acho que os Dead Meat também já não são novidade para ninguém. Oriundos de Castelo Branco e formados em 1993 têm vindo a ocupar (e cada vez mais) um lugar muito importante no submundo mais extremo da música extrema no nosso país. Brutal Death Metal de veia Goregrind cheio de qualidade numa compilação intitulada “Stench Of Rotten Years” que se resume a um conjunto de temas da banda lançados anteriormente em Demos e um EP. A edição deste monte de homicídios e carne morta e ficou a cargo da já usual em trabalhos com bandas portuguesas, Murder Records.
É Brutal Death Metal do bom (do melhor que se faz por cá), violento e cru mas não é excessivamente “pesado” ao contrário de muitas bandas que tenho ouvido ultimamente. A produção está acima da média, o som é refinado e puro caracterizado por várias mudanças de ritmo e nalguns casos por pausas súbitas. Temos riffs de guitarra bastante sólidos, a bateria é bem trabalhada embora pudesse ter tido uma melhor captação. A voz é sempre brutal, quer seja num timbre mais Death, quer num mais Goregrind (com os pig squeals, esporádicos, mas muito bons, algo a apostar mais no futuro)…
Falando das músicas… Este registo não varia muito embora algumas faixas se destaquem mais que outras, como é o caso de “Good Clean Cut” com aqueles guturais atordoadores, os riffs poderosos de uma “Body Naked Mutilated”, os pig squeals na “Smell Over The Rotten Pussy”, as mudanças de ritmo em “Cannibalism”, e destaque também para o poderoso som do baixo em “Invared By Worms” para uma “Human Flesh To Consume” num tom mais sinfónico, e não esquecer também do cover de Dying Fetus: “Kill Your Mother Rape Your Dog”. As faixas que gosto mais são as retiradas da Demo “Gory Artwork”… A partir da faixa 12, temos um concerto dos Dead Meat, e que pérola, todo este poder, qualidade e energia em palco são inexplicáveis… Lá ver em Outubro como é que se portam… E não há mais nada a acrescentar, é Brutal Death Metal sem espinhas, e do melhor que se faz por cá, isto é o fedor de todos os anos podres da banda, agora resta-nos esperar pelo primeiro álbum destes albicastrenses, e aí sim, iremos ver o verdadeiro potencial da banda em estúdio, até lá, “Smell Over The Rotten Pussy”!
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