quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Machinergy - Rhythmotion

Os Machinergy são uma banda portuguesa de Thrash/Death Metal, um pouco moderno (com várias influências de Soulfly e companhia) com algum Industrial à mistura, e com músicas mais experimentais. Formaram-se em 2006 em Arruda Dos Vinhos, e “Rhythmotion” é o nome do primeiro trabalho deste trio (ao vivo são três, em estúdio são só dois), que infelizmente, é uma edição de autor. O nome “Machinergy” não é por acaso, nesta banda o conceito da energia (Thrash/Death) e das máquinas (Industrial) aplica-se de uma forma espectacular, não estava à espera de algo tão bom, nem nunca tinha ouvido falar neles. Este primeiro trabalho foi misturado e masterizado por Daniel Cardoso.

A banda é bastante coesa, como uma verdadeira máquina. Falando do álbum: para estreia, é muito bom, com bastante nível, embora algumas partes de algumas músicas sejam inferiores a certas partes excelentes. A voz de Ruy é fantástica, assim como os seus riffs e solos de guitarra, o baixo (também gravado por Ruy) tem o seu papel importante. O baterista Hélder é um elemento fundamental para compor a sonoridade da banda. O álbum é marcado pelo uso acentuado de sintetizadores, grandes riffs e ritmos bastante rápidos e poderosíssimos. Todas as músicas são um pouco diferentes, umas são mais experimentais, outras mais Death, Groove, e até Crust no caso da “Incendiário”.

O álbum não podia ser iniciado de melhor forma, “Rhythmotion” é o nome do primeiro tema, é um tema poderoso e cheio de energia, com um ritmo bastante mecanizado, como se fosse uma marcha, o refrão é espectacular “Give me my emotions / Give me my illusions”. “Blakus” é como se fosse a continuação da música anterior, outra grande faixa, com o uso de muitos efeitos, incluindo na voz, é das faixas mais industriais do álbum. “Innergy” é a música mais Thrash e mais rápida do álbum, é das melhores músicas da banda, a bateria (principalmente) aqui, é fenomenal. “Godus” é uma música mais Gothic, conta com a participação de Célia Ramos (dos Mons Lvnae) na voz, é uma música bastante melódica, o dueto de Célia e Ruy é muito bom, o único ponto negativo, é que a música é longa de mais, e aquela “pujança” do dueto parece perder-se ao longo da música. “Tirano” é uma música com um bom riff inicial, é uma música com algumas influências de Punk e Hardcore, com um refrão melódico, que na minha opinião, podia estar melhor. “Incendiário” começa com um ritmo bastante acelerado, conta com a participação de Hugo Rebelo (ex-Simbiose) na voz, é Thrash/Death com Crust, mesmo ao estilo dos Simbiose, com uma letra espectacular “Incendiários / Filhos da puta / Destroem o país / com sua disputa”, quase no final ainda há um excelente solo de guitarra. “Morning” é outra grande música, com várias mudanças de ritmo e efeitos na voz. “Rewine” é outra música bastante boa, com um solo lindo a sensivelmente a meio aos 2:24 minutos. “Moneytrees” é uma faixa instrumental, e posso já dizer que é das melhores músicas do álbum, o main riff é espectacular. Para terminar temos a poderosíssima “Beautyfall” com uns efeitos bem razoáveis e um riff inicial espectacular, com um ritmo de guitarra muito bom a contrastar com a voz de Ruy.

“Rhythmotion” é um álbum de estreia bastante bom, com muita qualidade para um primeiro trabalho, peca apenas por uma fraca produção, nomeadamente a nível do artwork, que, por ser auto-financiado, fica aquém da excelente qualidade das músicas. Os Machinergy estão-se a tornar num caso sério no Underground metálico português.

2 comentários:

  1. Apesar das experiencias e influencias musicais aqui se mostarem presentes de forma assidua e em grande numero, o album não se perdeu... pelo contrario, ganhou muito na minha opiniao... que venha a oportunidade de vê-los ao vivo!!!

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  2. Encomendas para: machinergy@gmail.com
    10€ + portes

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