Envoltos em temáticas como a pornografia, sangue, carnificina, canibalismo e homicídios, os Grog ocupam um lugar de grande destaque no panorama da música extrema nacional, foram a primeira banda portuguesa a praticar Grindcore, estávamos no ano de 1991, quando Pedro Pedra (vocalista) e companhia decidiram criar uma banda muito extrema, ao estilo daquilo que se andava a tocar na Europa nessa altura, muito marcada por bandas como Napalm Death, Brutal Truth, Cannibal Corpse, Entombed e etc. Os Grog contam já com 20 anos de existência (com 2 anos de paragem: 2005-2006) e em 2010 lançam uma “relíquia” que se dá pelo nome de “Gastric Hymns Mummified In Purulency”, que se resume a conjunto de temas de Grog, de Demos e um EP lançados nos anos 90, versões diferentes das músicas dos álbuns (“Macabre Requiems” e “Odes To The Carnivorous”), assim como algumas músicas ao vivo e outras nunca antes ouvidas.
Grindcore agressivo e sujo (da altura do “Macabre Requiems”), com muito Brutal Death Metal (do tempo de “Odes To The Carnivorous”) a juntar a uma temática Gore com temas líricos psicopatas e macabros alusivos a mortes, carne, sangue, canibalismo, etc. Tudo isto a juntar a uma brutalidade e técnica incríveis, riffs guitarras demolidores, grandes solos, guturais graves ou vozes rasgadas (e por vezes vomitadas), uma bateria muito agressiva com a presença constante de “blast beats” que dão origem a uma velocidade e uma violência sonora incríveis.
Destaque inicial para as faixas “Anal Core (Intro)” e “Stream Of Psychopathic Devourment”, gravadas em ensaios da banda em 2004, ambas, a serem editadas “a sério” no próximo álbum de estúdio. De “Sado Masoquist Butchery” até aos clássicos “Cannibalistic Devourment + Blood In My Face”, somos confrontados (mais uma vez) com uma brutalidade e destruição sonora de faixas gravadas em 1996. Destaque para os três covers (faixas 10, 11 e 12), de Misfits, Agathocles e Extreme Noise Terror. Da 13 à 16 temos o EP “95 Stabwounds In Your Throat”, ao vivo, de uma edição em 7’’ de 1995 (muito bom para quem não tem a oportunidade de ter o original nas mãos, o que não é o meu caso). Até ao final temos 11 faixas ao vivo, representantes de um pouco de toda a discografia, destaque claro, para “Dead Art Collector (Live)”, “Cult Of Blood (Live)” e “Necrogeek (Live)”, retiradas de “Odes To The Carnivorous”, e como não poderia deixar de ser, “Monstrous Anatomic Deformation (Live)” e “Cannibalistic Devourment + Blood In My Face (Live)” do fantástico “Macabre Requiems”.
A produção de alguns temas acaba por não ser a melhor (nem é para ser), estamos perante material raro e inédito, gravado em ensaios, pequenas sessões de estúdio e concertos. É um CD que qualquer fã de Grog tem de ter nas mãos, que, neste momento, serve de aperitivo para o terceiro álbum de estúdio da banda a sair nos próximos dias. Até lá, “In Grog We Grind”.
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