Penso que em 2009, quando os Switchtense lançaram “Confrontations Of Souls”, não passaram nada despercebidos no nosso Underground Metálico e isso vê-se pela quantidade de vendas dos dois álbuns e pela presença da banda na grande palcos nacionais dedicados ao Metal, e lá fora também já se nota o crescimento da banda: as exportações são cada vez mais, assim como os concertos além fronteiras. Pois bem… Dois anos depois (do primeiro álbum) estes senhores da Moita voltam à carga com um álbum homónimo, mais uma vez, com a produção a cargo do grande Daniel Cardoso. Acho que não precisam de grandes apresentações, apenas por curiosidade, antes dos álbuns, a banda lançou duas Demos, dois EPs e um Split com os amigos Seven Stitches. Pessoalmente, sempre achei que seria muito difícil de igualar “Confrontations Of Souls”, mas…
É Thrash Metal com laivos de Hardcore, caracterizado por uma grande qualidade, difícil de igualar a nível mundial (sim, mesmo!), com grandes ritmos de guitarra com riffs e solos cortantes, a juntar a uma bateria bastante complexa e claro, a um vocalista Hugo cada vez mais selvagem, agressivo e bruto! Contudo nem tudo é perfeito, e à semelhança de outras bandas nacionais do género os Switchtense pecam um pouco por deixarem bem claras as suas influências (a originalidade não é o seu forte, mas a paixão em fazer aquilo que gostam supera todos os rótulos) e por terem no álbum alguns temas mais lentos, ou mais “Groovy” como se costuma dizer, e isso começa com logo o tema “Concrete Walls” (que até tem um grande solo), mas muda muito rapidamente quando damos de caras com a poderosa e carismática “Face Off”, um tema que começa exactamente onde o outro acabou, aquele refrão, toda esta energia e rapidez a juntar àquele solo fazem deste tema um clássico! “Living A Lie” é dos temas mais memoráveis do álbum, cheio de pujança, e aqueles pequenos riffs super viciantes são únicos.
Destaque também para temas como “In Front Of Your Eyes”, “Unbreakable” (muito bem escolhido para primeiro single, aquela batida possui-me completamente, embora pudesse ser um tema mais rápido) e “This Is Only The Beginning”. Infelizmente, o tema “Let Them Die Alone” deixa um pouco a desejar. “Scars Of Attitude” é dos melhores temas que os Switchtense fizeram até hoje, o início é super cativante e faz-nos colar logo ao resto da música. E o álbum não podia acabar melhor, as três músicas finais são aniquiladoras! “I Will Stand Stronger” é uma música brilhante, aquele solo é incrível, esta dupla de guitarristas não fica nada atrás do que se faz lá fora. “The Legacy Of Hate” é outra grande música, que conta com o convidado especial Leif Jensen dos Dew-Scented, é rápida, agressiva, é o caos total (grande escolha!). “Awaiting The Downfall” é um tema mesmo muito rápido e pesado, com duas guitarras demoníacas (penso que é melhor solo do álbum!) e uma bateria bastante furiosa, já para não falar da voz!!!
A edição desta pérola ficou a cargo da grande Rastilho Records, numa edição de luxo em Digipack, o artwork ficou (mais uma vez) a cargo de João Diogo. A maioria das pessoas diz que isto é para fãs de Pantera, Sepultura, Machine Head, Lamb Of God… Na minha opinião Switchtense é para quem gosta de bom Metal. São uma das melhores bandas nacionais? Sim. Mereciam mais reconhecimento cá dentro e lá fora? Sim. Este é o melhor álbum destes senhores? Venha a diabo e escolha!
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