Os Machinergy estão de volta com mais um grande trabalho… Bastante diferente do habitual. Depois do bem aclamado “Rhythmotion” lançam um pequeno EP, “Rhythm Between Sounds” com 5 temas e claro, um documentário bastante especial e muito bem produzido que aborda entre várias coisas, a infância dos membros de Machinergy, como era visto o Metal naquela altura, os programas de rádio que existiam, como chegava a música a Portugal, etc. Uma obra absolutamente recomendada para qualquer metaleiro português, uma verdadeira relíquia, um tributo ao grande António Sérgio (1950-2009). Quanto ao EP, é aquele som que sempre caracterizou os Machinergy… Thrash Metal com influências de finais da década de 80 mas um pouco diferente do álbum de estreia, com algumas influências de Death Metal, já não está tão computorizado e industrializado como anteriormente, é um Thrash que flui mais naturalmente, com aquela raiva normal que sempre caracterizou os vocais de Rui Vieira. Continua o peso, os bons riffs, é um EP que peca apenas pela curta duração, mas é bastante intenso.
“Rhythm Between Sounds” é o nome do primeiro tema, uma pequena introdução onde se ouve alguém a colocar uma tape num rádio, típico dos anos 80. Logo a seguir vem o grande tema “1988” um grande (mesmo grande!) tributo às pessoas e sons, ritmos e tempos, histórias que ajudaram a criar aquilo que são os Machinergy hoje. Riffs cativantes, um grande refrão, com versos que abordam um pouco daquilo que se passava em 1988, desde os programas de rádio do som sagrado até à abordagem de grandes álbuns que saíram nesse ano, entre os quais se destacam as referências a “South Of Heaven” (Slayer), “Under The Influence” (Overkill) ou “…And Justice For All” (Metallica)… Ao fundo, ouve-se o riff inicial da inconfundível “South Of Heaven”, muito nostálgico. Destaque para a parte do “Não esqueceremos” e para aqueles riffs finais, absolutamente diabólicos! Se calhar aqui o tema que remete mais para as influências do álbum anterior é “Machinevil”, como o baterista disse e bem no documentário, é como se fosse o ritmo das máquinas a trabalhar, as máquinas do mal, um tema simples mas forte. “Trapollution” é o tema mais agressivo que alguma vez estes senhores escreveram, desde aquele verso inicial a estender-se a todo aquele conjunto de agressividade voz/guitarra/bateria/baixo. “Dynamica” põe fim a este trabalho, um tema simples, directo, que fecha mais um ciclo desta grande banda.
O EP encontra-se disponível para download gratuito no site oficial da banda, assim como a visualização do documentário, estamos perante um dos trabalhos mais interessantes lançados este ano em Portugal. Entretanto também vai sair em CD e está prevista edição dumas t-shirts alusivas a este EP… Razões não faltam para ouvir e ver esta grande produção independente e nacional.
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