segunda-feira, 30 de junho de 2014

Machinergy - Sounds Evolution

4 anos depois do promissor “Rhythmotion” o trio de Arruda dos Vinhos volta à carga com “Sounds Evolution”, um álbum que vem afirmar ainda mais a maturidade e seriedade da banda, um grande registo com um conceito relacionado com os lançamentos anteriores bastando para isso ter em atenção o paralelo dos títulos dos 3 registos da banda: “Rhythmotion”, “Rhythm Between Sounds” e “Sounds Evolution”. 

O álbum é composto por 10 faixas bem coesas, do início ao fim, onde se destacam os riffs agressivos, directos, e os efeitos industriais que dão um toque especial à sonoridade da banda e a distingue das demais, ainda mais que no primeiro álbum. Quanto à produção, é da mais cuidada e profissional que se pode ouvir por cá, se calhar até demasiado limpinha para o som da banda. Os temas vão alternando entre o inglês e o português, e nalguns casos até na letra da mesma música como é o caso da viciante “Furia” ou na “Cada Falso”, possivelmente a faixa mais anos 80 do álbum. “Sounds Evolution” e “Machine Gun Anger” são as faixas que mais se aproximam da batida do álbum anterior mas esta segunda tem uma parte mais ambiental verdadeiramente assustadora, onde se ouve um sino e um som estranho, algo muito incomum nas bandas de Thrash. “Venomith” é na minha opinião o tema mais bem conseguido, o início é arrepiante, a letra é das mais originais e os riffs dos melhores que a banda já fez. “Waterwar” é um tema absolutamente épico com os vocais de Célia Ramos a dar um toque especial ao som da banda, numa música com um conceito bastante especial e preocupante, e esperemos que não passe duma premonição. E como se os vocais femininos não fossem suficientemente belos para distinguir este tema a banda ainda lhe acrescenta melodias médio-orientais sublimes. Destaque também para os temas em português “Antagonista" e “Carne & Mal" e claro, para a instrumental “Hammer”.

Era um dos álbuns mais esperados do ano (para mim) e não tenho dúvidas nenhumas de que este triunvirato (Ruy/Hélder/Mariano) ainda tem muitas cartas para dar. São uns dos músicos mais talentosos do país e dos poucos a ter a preocupação de fazer tudo da maneira mais cuidada possível. O resultado está aqui, e isto vai rodar bastante durante muito tempo.

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