terça-feira, 17 de agosto de 2010

Triptykon - Eparistera Daimones


Ok, nem sei por onde começar, Tom G. Warrior, um dos maiores nomes da história do Metal mundial, ex-vocalista e guitarrista dos Celtic Frost e Hellhammer, voltou aos lançamentos depois do desmoronamento final dos Celtic Frost. Os Triptykon chegaram, são tudo aquilo que podemos sonhar e muito mais. Muita comparação deste novo álbum é feita com o último dos Celtic Frost “Monotheist” embora “Eparistera Daimones” tenha momentos mais ambientais e góticos. Em relação á sonoridade da banda podemos defina-la como Dark Metal, uma junção de Doom, Black e Death. Este álbum atingiu uma magnitude tal, que é daqueles clássicos que vamos continuar a lembrarmos e a ouvir nas próximas décadas.

Uma grande estrutura musical a abrir este clássico, “Goetia”, uma música com 11 minutos, com uma sonoridade muito semelhante ao “Monotheist” dos Celtic Frost, uma música demolidora, é o tipo de faixa que nos cai em cima e põe tudo em sentido, um tema com um clima negro absoluto que se apodera de nós sem mais nem menos, um refrão solene recitado quase de forma litúrgica faz desta música, uma autêntica obra de arte. Este álbum também é caracterizado por muitos momentos Doom, “Abyss Within My Soul” é um caso desses, uma música de carácter ambiental, lenta e opressiva. “In Shrouds Decayed” é a faixa seguinte, outro momento Doom com uma atmosfera gótica, com um instrumental tão bonito e tão bem feito que nos leva a outra dimensão, uma música em que podemos ouvir a voz limpa de Tom G. Warrior, assim como, a meio, uma voz feminina extraordinária e uma dupla de guitarras maravilhosa. “Shrine” é uma faixa instrumental que serve de introdução á música seguinte “A Thousand Lies” uma faixa que altera por completo o ritmo do álbum, um Thrash Metal avassalador que nos deixa boquiabertos. “Myopic Empire” é outra faixa lenta com um piano clássico a meio, que me possui completamente, é daquelas faixas deprimentes e tristes mas que acabam por ser músicas espectaculares que nos deixam hipnotizados. “My Pain” é o tema seguinte, com um piano maravilhoso ao início, um tema com algumas influências góticas cantado por uma voz feminina doce, e quase no fim Tom G. Warrior fala, de forma litúrgica, recitando versos com uma voz limpa espectacular. Para acabar, nada melhor que um monstro de 20 minutos chamado “The Prolonging” , uma autêntica obra musical, como no álbum todo, esta música tem momentos mais góticos e Doom, assim como ritmos acelerados de Black e Death.

Surpreendeu-me bastante, “Eparistera Daimones” é um clássico, um álbum espectacular com uma grande variedade musical, tudo é criado com uma intensidade verdadeiramente fora do normal, é daqueles álbuns que vive eternamente e que nunca vai ser esquecido!

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