Porque é que decidiram formar a banda?
Barrasco: Gostamos de fazer abrasamento! Damo-nos bem a fazer abrasamento juntos. Não há nenhuma razão em especial.
Porquê o nome Matter?
DevilPig: O nome foi daquelas coisas… Não sabíamos que nome havíamos de dar à banda, até que chegámos a um ponto que estávamos abertos a qualquer sugestão. Cada um estava à procura dum nome e eu lembrei-me de Matter, a tradução em si, “matéria”… É um assunto de reflexão… E a dimensão que o nome podia ter, achei piada.
Quais são as vossas principais influências para compor?
Barrasco: Imaginamos tanques no horizonte… A tensão que isso gera, nós traduzimos em música!
E em termos bandas ou estilos?
DevilPig: Cada um tem as suas, e é muito assim. Há cenas que curtimos em comum…
Barrasco: Nós não combinamos fazer uma música “tipo” uma banda, nós imaginamos os tanques e o resto surge.
DevilPig: Epá é aquela cena, tu ouves música, e qualquer música que ouças é óbvio que vai ter influência, principalmente do que gostas mais.
Barrasco: O Bob Wayne influencia-me!!!
Como foi a gravação do EP?
Barrasco: Isso foi gravado ao vivo no Colhões e editado em casa.
Porquê chamar-lhe “R ND M”?
Barrasco: Tirámos as vogais à palavra “random”.
Que temas abordam liricamente?
Turtle: A maior parte das líricas são temas pessoais, coisas que eu escrevi, mas depois há outros temas como… Eu baseei-me em alguns textos d'Os Lusíadas, baseei-me também em alguns livros, um dos exemplos é A Arte Da Guerra do Sun Tzu… Abordam temas que têm algo de militar, porque nós temos de nos regir por algumas regras e essas regras traduzem-se depois na nossa vida pessoal e no nosso dia-a-dia, e escrevi um bocado sobre isso, mas a maior parte das letras são coisas pessoais que prefiro manter para mim.
Porque é que escolheram excertos do filme “Twelve Monkeys” para as introduções das músicas no EP?
Barrasco: Gostamos do filme e aquilo tem alguma coisa de lunático e é bom pôr um bocado de demência na violência.
Turtle: É um bocado isso também que nós queremos fazer, nos concerto queremos sempre tentar provocar um certo caos, uma reacção nas pessoas… E principalmente debitar aquilo que nós sabemos fazer e desafiar as pessoas, que tipo de reacção é que a nossa música causa.
De todos os concertos que deram, qual o que gostaram mais?
Barrasco: Não foram muitos, ou seja, também não temos muita escolha.
Turtle: Eu gostei muito do concerto de beneficência, o Colhões de Ferro Benefit 1.
Quais são os planos para o futuro, já estão a gravar alguma coisa ou a compor?
Barrasco: Vamos agora gravar, a bateria já está, falta só guitarra e voz, pedimos material emprestado, uma mesa de gravação multipista e etc, e é tudo feito em casa. Talvez até ao final do ano esteja gravado, mas não temos uma previsão ainda, houve uns atrasos entretanto.
Vai ser um EP, um álbum…
Barrasco: Vai ter 11 músicas. Por isso, se calhar é um álbum, não sei isso do tempo, eu não percebo nada disso.
Como banda, quais são as principais dificuldades que sentem?
Barrasco: Não temos dinheiro, somos uns tesos do caralho!
DevilPig: Organização de tempo, é difícil termos tempo para nos juntar-mos.
Barrasco: Era mais importante ter dinheiro para gasolina porque às vezes um gajo só não ensaia porque não dá jeito estar a meter gasolina.
DevilPig: O dinheiro também ajuda muito.
Já foram abordados por alguma editora/distribuidora para editar algo ou por alguma banda para um Split?
Barrasco: Para Splits há sempre alguma coisa mas não participámos em nada, ainda. Fomos convidados por uma cena qualquer americana, acho que aquilo nem era bem uma editora, é um gajo qualquer que estava a fazer uma compilação…
Turtle: E de vez em quando recebemos convites para fanzines, para mandar cenas para compilações.
Por último, uma mensagem para quem vos ouve…
Turtle: Vão a concertos, principalmente é isso. Porque hoje em dia é nos concertos que se vê o que vale ou não.
Barrasco: Em estúdio toda a gente faz o que quer… Se tiver dinheiro… Voltámos à mesma merda!
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